Joguei palavras.
quinta-feira, 27 de setembro de 2012
Tenho saudades doentes... Do ente querido, do ente que queria ter ido, do ente que quase foi. Ufa, ainda bem que o "quase" existe. Ele não foi por pouco, alias era um louco. Anoiteceu, a noite teceu estrelas, estranhas, extraordinárias. A noite teceu sorrisos, só risos, sem choro ou desaforo, teceu abraços e giros falando em giros, a terra girou e o sol saiu da caverna, amanheceu. Amanhã seu sorriso me fará sorrir, enquanto por aí fico calada, esperando palavras para dizer o que não se fala. Já que não se fala, vamos trocar de assunto... Vamos rimar, mas não poetizar, poetas transcrevem um sentimento, até dois ou três, mas não trocam de assunto como trocamos de mês. Poetas vivem em torno do meu tema, sempre com aquele mesmo clichê de sempre, amor, amor e mais amor. De que adianta? O amor é bom, mas em um mundo capitalista e autoritário ele não é tudo. Prefiro jogar as palavras, pra bagunçar e confundir. Riscar, pra quê? Só me faz esquecer, prefiro colocar um "ar" na frente e seguir.

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