Sempre
quis ter postura de bailarina. Acho tão lindo, na verdade, bailarinas em si são
lindas. Fazia dança, mas parei. Acho que devia ter continuado, pois hoje minha
postura seria bem melhor e eu não seria essa sedentária que só sabe escrever e
olhe lá. O (único) lado bom é que meus pés não são cheios de calos, mas as
bolhas e os machucados sempre estão aqui, porque afinal, sou.
Acho que o
mundo precisa de mais bailarinas, a coisa tá feia. O mundo anda precisando de
gente calma, delicada e gentil. Fico impressionada quando alguém me dá bom dia,
ou quando seguram a porta pra eu entrar. Está se tornando a coisa mais normal
do mundo pessoas que não olham nos olhos, que esbarram em você na rua e nem pedem
desculpa, que tratam garçons com ar de superior, pessoas que se sentem melhores
que os outros. Na verdade, se achar o máximo é ridículo.
Um
sobrenome não é nada. Uma casa grande não é nada. Um carro não é nada. Uma
conta gorda no banco não é nada. Um rosto bonito é só um rosto bonito. Deviam
contar para essas pessoas que se importam demais com beleza que a menos que
você seja modelo isso não vai te render nada. Roupa de marca também não vai te
render nada. Então, não se gabe.
Mesmo nos
dias ruins procuro ser legal com quem não tem nada a ver com os meus problemas.
Sem querer dar lição de moral, mas acho que as pessoas deviam se preocupar mais
com as coisas de dentro.

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