Sinceramente, honestamente, francamente, todos os “ente”
que existir, eu não me entendo. Sério. Tudo bem que sou um pouco
exagerada, um pouco estressada, que não
tenho lá muita paciência, que sou meio braba. Tudo bem mesmo.
Sabe Deus se O Dia Em Que A Gente Finalmente Se Entende
chega. Se existe um dia assim, e se ele chegar antes do dia 31 de fevereiro, me
avisem. Preciso muito saber, quero me preparar, comprar uma roupa legal,
arrumar a juba, comer comida leve porque vai que seja turbulento.
Nunca fui pessimista, pelo contrário. Mas espero que você
entenda. É incrível, mas quando tudo vai bem na minha vida eu fico procurando
alguma coisa até encontrar. Parece que não me dou uma chance, que não me
permito ser feliz sem pensar em nada. Fico me preocupando, pensando no que vai
acontecer? Parece que o simples aceno da felicidade faz meu coração tremer, e
comoço a pensar besteiras como: e se eu descobrir um câncer? E se tudo der
errado? E se sofrer um acidente e for atropelada e ficar sem perna e passar o
resto da vida numa cadeira de rodas? E se eu tiver que me mudar pro outro lado
do país?
Você pode estar rindo da minha cara agora. Ou que me
falta o quarto pra arrumar, louça pra lavar, mas não, eu tenho tudo isso pra fazer (e muito mais)
e, ainda assim, penso essas coisas. É mais forte que eu, me faz ficar nervosa,
estressada, aflita, tensa, esperando alguma coisa acontecer. E quer saber?
Nunca acontece. Não sei por que me preocupo tanto. Desde que acordo até a hora
em que pego no sono, eu juro, algo me preocupa. Não consigo relaxar, descansar,
aliviar o peso que os dias sempre trazem. Não descanso nunca, por mais que
esteja deitada na minha cama assistindo um filme.
Apesar de eu ter um bando de sonhos, parece que nunca vou
realizá-los (sim, sou uma maluca neurótica que se preocupa demais com tudo).
Parece que lá na frente vai surgir um imprevisto, uma pedra no caminho, algo
pra me tirar do eixo, me jogar fora da pista. Isso me causa medo. E uma leve
descrença de que tudo dê certo. Mas vou seguindo mesmo assim.

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