Tenho que contar
uma coisa a você, porque você no mínimo você não sabe. Já jogaram meus defeitos
na cara como se fossem perfeitos, já me trataram mal, já espalharam mentiras
sobre mim por aí, já me deixaram triste, já foram cruéis comigo, e sabe de uma
coisa? Eu não liguei, mas fiquei triste. Ai, desculpa, mas fiquei. O
ser humano é cruel, às vezes tenho vergonha de ter nascido humana. Sempre disse
que prefiro os livros, você lembra? Prefiro livros, porque nenhum livro vai dar
sorrisinho falso, te elogiar pela frente e falar mal de você na próxima
esquina. Ah, me deixa, eu fiquei triste e me deixa, me deixa, me deixa com
minha tristeza num cantinho qualquer.
Todo mundo
vai te decepcionar, sabia? Sua mãe, seu pai, seu vizinho, sua amiga. Todo mundo
um dia vai fazer uma merda e acabar com tudo. Meu Deus, como eu queria uma
realidade mais doce, mas não, a vida insiste em ser ácida. Isso assusta, assusta, mas a gente precisa ser
forte.
Sabe de uma
coisa? Não, você não sabe. Vou te contar. Eu ando tão sensível. Precisando
assim de uma palavra calma. Você consegue me surpreender de um jeito bom? Diz
que sim, porque eu preciso disso. Que coisa louca essa de a gente precisa de
alguém. Mas, sabe, a gente sempre precisa de alguma coisa que nos coloque no
eixo. Andei pensando na vida e por favor, me dê tapas fortes na cara, porque eu
preciso e não consigo entender que existe uma parcela de gente que é filha da
puta, que sempre vai fazer de tudo pra acabar com a minha “felicidade”.
Já falei
tantas vezes que palavra é uma coisa séria e que muitas vezes machuca mais que
um tapa na cara. Eu preferia levar muitos do que escutar certas coisas. Por que
as pessoas são assim? Por que elas traem nossa confiança? Fico triste, triste.
Essa crueldade não é pra mim.

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