Você precisa. Eu preciso. Barack
Obama precisa. Quem eu não gosto precisa. Quem eu gosto precisa. Minha avó precisa.
Meu tio precisa. Minha amiga precisa. O porteiro, o padeiro, o açougueiro. Todo
mundo. O motorista do ônibus precisa. O vizinho da frente precisa. Tua mãe
precisa (e merece). Teu pai também. Todo mundo.
Não importa o motivo. Você pode
estar alegre, com raiva, triste, bravo, chateado, dando pulos de alegria, mas mesmo
assim você precisa. Às vezes você não admite, mas precisa. Tudo bem, você pode
não pre-ci-sar. Mas você quer. Quer sem motivo, quer muito, quer de vez em
quando, mas quer. E isso é a única coisa que eu não acho egoísmo querer demais.
Eu, por exemplo, quero muito e quero sempre. Mas eu quero um abraço inteiro,
apertado, demorado, verdadeiro. É assim que eu quero.
Sei que isso é feio, mas não é todo
abraço que eu quero. E não é pra qualquer um que eu dou um abraço. Também, não é de todo abraço que eu preciso. E não é para qualquer
um que eu peço. Me desculpa, mas é assim. Se eu te peço pode ter certeza que eu
estou precisando mesmo. Então, por favor, não me negue. Mas se for pra dar um
abraço frio, pode negar que é melhor, mas só nesse caso.
Então um abraço pra você que precisa
e pra você que não precisa. Pra você, que assim como eu, é fã de abraços. Pra
você que se faz de forte. Pra você que não é forte nunca. Hoje eu mando um
abraçaço.

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